Floripes Dornelas de Jesus ou Lola (Mercês, 09 de junho de 1913 - Rio Pomba, 9 de abril de 1999), leiga que viveu em Rio Pomba, Minas Gerais, na localidade denominada Lindo Vale, se tornou famosa por viver durante cerca de 60 anos de sua vida alimentando-se apenas da comunhão eucarística.[1]
Tendo nascido na cidade de Mercês, mudou-se com sua família para Rio Pomba por volta dos quatro anos de idade. Sua infância e adolescência foi marcada pelas atividades comuns da vida no campo, até que, na década de 1930, uma queda de uma jabuticabeira fez com que ficasse paraplégica.
Desde então, em meio a fortes dores, começou a reduzir sua alimentação gradualmente até suprimi-la por completo. Perceberam-se, então, evidentes alterações em seu organismo, visto que passou a não sentir mais fome, sede ou sono.
Nos primeiros anos em que se observou o fenômeno, milhares de pessoas acorreram a seu sítio, em busca de orações e pedidos de milagres, despertando, inclusive, a atenção da imprensa. Até que o então Arcebispo de Mariana, Dom Helvécio Gomes de Oliveira, em 1958, solicitou a Lola que interrompesse as romarias e se dedicasse a uma vida mais retirada, visto que sua saúde se afigurava demasiadamente frágil.[2]
A Serva de Deus dona Lola era totalmente avessa à divulgação de sua própria figura, conhecida como santa através dos seus milagres, se esforçando para divulgar apenas a devoção ao Sagrado Coração de Jesus, inspirada pelo movimento do Apostolado da Oração. Teve especial destaque o trabalho de criação do Apostolado da Oração masculino, que, na cidade de Rio Pomba, chegou ao número de mil adeptos. Seu principal pedido era para que se fizesse a novena das primeiras sextas-feiras do mês, dedicadas ao Coração de Jesus, devoção ensinada por Ele próprio numa aparição a Santa Margarida Maria Alacoque[2].
Mais de vinte mil pessoas acorreram a seu sepultamento, em Rio Pomba, no dia 10 de abril de 1999[2]. Lola foi declarada Serva de Deus pela Santa Sé Apostólica pelo protocolo Nihil Obstat nº 2699 de 30 de novembro de 2005.[1]
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