HERESIAS E CISMAS - CUIDADO!
"A heresia é definida como a negação pertinaz de alguma verdade que deve ser crida com fé divina e católica, ou ainda a dúvida pertinaz acerca dessa verdade1. Em outras palavras, trata-se de uma rejeição consciente e persistente de ensinamentos fundamentais da fé." (Portal A12),
"O Cisma é uma recusa em reconhecer e sujeitar-se ao Sumo Pontífice, a comunhão com os membros da Igreja a ele sujeitos e a legitimidade e a autoridade magisterial do Concílio Ecumênico Vaticano II" (Vatican News, a respeito da excomunhão por Cisma do Arcebispo Carlo Maria Viganó).
O significado mais amplo de Cisma é:
"Na religião, cisma é a divisão que ocorre entre pessoas que pertenciam a uma mesma organização, movimento ou denominação religiosa. Por exemplo, o Grande Cisma foi um evento que separou a Igreja Cristã em duas, a Igreja Católica Apostólica Romana e a Igreja Católica Apostólica Ortodoxa".(Grande Dicionário On line de português).
Tenho visto, no YouTube, canais religiosos e canais eremitas que são cismáticos, ou seja, negam a legitimidade do Papa atual e mesmo do Concílio Vaticano II.
O(a) eremita deve fugir desse tipo de pecado. É uma insídia diabólica muito sutil, pois a pessoa julga estar fazendo algo bom, algo correto, mas está se afastando do poço, da fonte. Vai acabar "morrendo de sede", em sentido metafórico.
O Papa Francisco é um legítimo sucessor de São Pedro, e o Concílio Vaticano II foi autenticamente promulgado pelo magistério da Igreja. Quem fugir dessas duas verdades está fazendo algo errado, está se afastando da verdadeira Igreja.
O católico pode, sim, não concordar com algumas ideias particulares do Papa, seja ele quem for, que ele fala em entrevistas, mas deve continuar a aceitá-lo como legítimo sucessor de São Pedro.
Sigamos as normas e leis eclesiásticas, lembrando-nos de que muitas coisas que o nosso Papa Francisco fala não precisam ser seguidas, se já há alguma lei ou norma orientando o determinado assunto. É preciso também lembrar que muitas coisas faladas são mal interpretadas.
Em resumo: não é preciso negar a legitimidade do Papa e a autoridade do Concílio Vaticano II para continuarmos nossa vida de eremitas. Há muita coisa boa para ser seguida.
Jesus, no seu tempo, mudou radicalmente o modo de se ver e seguir a religião que então se seguia. Tanto assim que foi morto numa cruz.
A obediência é a virtude mais difícil de ser seguida, mas também é uma das mais agradáveis a Deus, pelo que vemos nos evangelhos e em testemunhos de santos como Santa Faustina, que tanto dialogou com Jesus sobre a obediência. Tudo o que estiver de acordo com o Evangelho e a Doutrina da Igreja deve ser obedecido por nós. A renovação da Igreja feita no Concílio foi muito necessária.
Vou citar um exemplo de fato que não tem muito sentido: muitos padres insistem em celebrar a Santa Missa em latim. Ora, a primeira missa não foi celebrada em latim, mas em aramaico. E os Apóstolos a celebravam nessa língua e talvez em grego ou nas línguas faladas nos locais onde celebravam. A Missa era celebrada em latim nos locais conquistados pelos romanos, em que o latim era como o atual inglês, ou seja era falado em todo o território conquistado. Aos poucos o latim foi mudando, dando origem às atuais línguas neolatinas, e as pessoas passaram a não entender o que se celebrava. Quando foi oficializado o latim para as Missas, será que não houve também padres que se separaram da Igreja por causa disso, ou seja, porque queriam continuar a celebrar a Missa em grego ou em outras línguas? Por que, então, não aceitarmos as normas do Concílio Vaticano II, que pede que se volte a celebrar a Missa como nos tempos apostólicos, ou seja, na língua de cada país? Perceberam a incoerência de quem insiste em continuar celebrando em latim?
Numa celebração festiva até pode ser, mas no dia a dia não há motivo para se celebrar a Missa numa língua que ninguém entende. E mais: se os padres que não aceitam o Concílio Vat. II quiserem fazer o que Jesus fez, devem celebrar a Missa não em latim, mas em aramaico, pois, nesse caso, para o povo, tanto faz celebrar em latim como em aramaico, pois não entendem nenhuma delas.
Teófilo Aparecido.